Idade:
Não existe uma idade ideal, mas sim, uma oportunidade ideal que é determinada pela necessidade de corrigir o defeito apresentado.
Período de internação:
É variável de paciente para paciente, mas em média de 2 a 6 horas (com anestesia local). Em caso de ser necessária anestesia geral (o que é raro), este prazo pode alongar-se um pouco mais.
Anestesia:
Preferencialmente local, devido à pequena extensão da cirurgia e à boa qualidade dos anestésicos. Em alguns casos pode ser usada sedação prévia. A anestesia geral é utilizada apenas quando há contra-indicação clínica para anestesia local, ou quando a blefaroplastia está sendo feita associada a outras cirurgias.
Tempo de cirurgia:
Normalmente, em torno de 2 horas, todavia este tempo pode ser maior ou menor, variando em função do paciente e dos detalhes a serem corrigidos em cada caso.
Riscos:
Os riscos da intervenção cirúrgica, são minimizados com a consulta onde o paciente informa ao médico eventuais problemas de saúde, uso de medicações, fumo, problemas anestésicos anteriores. Realiza todos os exames pré-operatórios e consulta pré-anestésica.
A RESPEITO DA TÉCNICA:
Nas pálpebras superiores, retira-se um fuso (faixa) de pele e a cicatriz fica localizada no sulco palpebral, através desta abertura são retirado parte das duas bolsas de gordura. Uma pequena faixa de músculos também pode ser retirada.
Nas pálpebras inferiores, a incisão pode ser externa (excesso de pele e bolsas) onde localiza-se a cerca de 2mm da implantação dos cílios ou interna (excesso de bolsas, sem excesso de pele) através da qual são retiradas parte das 3 bolsas de gordura e o excesso de pele, quando há flacidez.
Cicatrizes:
A cirurgia plástica não é isenta de cicatrizes, procuramos localizá-las em posições anatômicas inaparentes, uma vez que serão permanentes.
A qualidade das cicatrizes depende de vários fatores como: técnica cirúrgica, cuidados pós-operatórios, hereditariedade, segmento do corpo, idade, qualidade de pele do paciente.
As cicatrizes sofrem um processo de evolução. Em cerca de 24 horas a cicatriz já está impermeável, em uma semana os bordos estão aderidos, (podendo iniciar-se a retirada de pontos). Porém elas permanecerão avermelhadas e endurecidas por vários meses, e posteriormente tornar-se-ão macias e adquirirão a cor da pele.
Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a se confundir com os sulcos da pele, o que se dará após o período de maturação da pele que é, em média, de 3 meses. Todavia, sendo necessário, poderão ser disfarçadas com o auxílio de uma maquiagem leve, a partir do 7º dia após a retirada dos pontos.
Dor:
A blefaroplastia não é uma cirurgia dolorosa. Ocorrendo uma sensibilidade maior ou pequenos surtos de dor, estes serão abolidos com o uso de analgésicos comuns.
Oclusão ocular:
Não é necessário que os olhos fiquem ocluídos após a cirurgia, embora alguns médicos assim o prefiram. Todavia, é recomendável o uso de compressas frias com água boricada gelada (ou soro fisiológico), que devem ser trocadas a cada 30 minutos, para evitar que o edema se acentue. Durante o sono, não é necessária a troca de compressas. Este cuidado, durante o dia, é executado pelo próprio paciente, por um período aproximado de 5 dias, dependendo da resposta do organismo.
Edema:
O edema (inchaço) das pálpebras é comum e varia de paciente para paciente, sendo mais acentuado nos três primeiros dias do pós-operatório. Do 5º ao 8º dia já caminha para uma aparência mais natural. O uso de óculos escuros e compressas frias será extremamente útil nessa fase.
O edema pode dificultar o fechamento das pálpebras durante o sono, expondo parte do globo ocular e favorecendo seu ressecamento. Para evitar tal fato é recomendável o uso de pomada oftálmica (por exemplo, Epitesan), que deve ser colocada dentro das pálpebras. Após o 3º mês pode ainda subsistir um edema residual discreto.
Manchas roxas:
É comum que numa blefaroplastia se dê a formação de “manchas roxas”, que nada mais são que a infiltração de sangue na pele subjacente, podendo se espalhar também pela conjuntiva ocular. Isso se deve ao trauma cirúrgico, não se constituindo em problema, nem sendo considerada uma complicação, mas uma mera intercorrência transitória e, portanto, reversível, em nada comprometendo a visão.